quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quem Namora...


Quem namora agrada a Deus.Namorar é a forma bonita de viver um amor.Namora, quem lê nos olhos e sente no coraçãoas vontades saborosas do outro.Namora, quem se embeleza em estado de amor.

A pele melhora, o olhar com brilho de manhã.Namora, quem suspira, quem não sabe esperar, mas espera,quem se sacode de taquicardia e timidez diante da paixão.quem ri por bobagem, quem entra em estado de música,quem sente frios e calores nas horas menos recomendáveis.Namorados que se prezam têm a sua música.E não temem se derreter quando ela toca.Ou, se o namoro acabou, nunca mais dela se esquecem.

Namorados que se prezam gostam de beijo, suspiro, morderem o mesmo pastel, dividir a empada, beber no mesmo copo.Apreciam ternurinhas que matam de vergonha fora do namoro ou lhes parecem ridículas nos outros. Por falar em beijo, só namora quem beija de mil maneirase sabe cada pedaço e gostinho da boca amada.Beijo de roçar, beijo fundo, inteirão, os molhados, os de língua,beijo na testa, beijo livre como o pensamento,beijo na hora certa e no lugar desejado.

Sem medo nem preconceito.Beijo na face, na nuca e aquele especial atrás da orelha no lugar que só ele ou ela conhece. Namora, quem começa a ver muito mais no mesmo lugarque sempre viu e jamais reparou.

Flores, árvores, a santidade, o perdão, Deus, tudo fica mais fácil para quem sabe de verdade o que é namorar.Por isso só namora quem se descobre dono de um lindo amor,tecido do melhor de si mesmo e do outro.Só namora quem não precisa explicar, quem já começa a falar pelo fim, quem consegue manifestar com clareza e facilidadetudo o que fora do namoro é complicado.

Namora, quem diz: "Precisamos muito conversar";e quem é capaz de perder tempo, muito tempo, com a mais útil das inutilidades e pensar no ser amado, degustar cada momento vivido e recordar palavras, fotos e carícias com uma vontade doida de estourar o tempo e embebedar-se de flores astrais.

Namora, quem fala da infância e da fazenda das férias, quem aguarda com aflição, o telefone tocar e dá um salto para atendê-lo antes mesmo do primeiro trim.Namora quem namora, quem à toa chora, quem rememora, quem comemora datas que o outro esqueceu.Namora quem é bom, quem gosta da vida, de nuvem, de rio gelado e de parque de diversões.

Namora quem sonha, quem teima, quem vive morrendo de amor e quem morre vivendo de amar.


Helen Mix***

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

SALMO 54


Salmo 54:1
Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.

Salmo 54:2
Ó Deus, ouve a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca.

Salmo 54:3
Porque homens insolentes se levantam contra mim, e violentos procuram a minha vida; eles não põem a Deus diante de si.

Salmo 54:4
Eis que Deus é o meu ajudador; o Senhor é quem sustenta a minha vida.

Salmo 54:5
Faze recair o mal sobre os meus inimigos; destrói-os por tua verdade.

Salmo 54:6
De livre vontade te oferecerei sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom.

Salmo 54:7
Porque tu me livraste de toda a angústia; e os meus olhos viram a ruína dos meus inimigos.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Veja dicas sobre autores e movimentos literários

Veja dicas sobre autores e movimentos literários
-->
Vamos dar uma relembrada em Carlos Drummond de Andrade?
Nasceu em 1901, Itabira do Mato Dentro, interior de Minas Gerais, e morreu em 1987 no Rio de Janeiro. A infância de Drummond marca a sua poética - uma infância passada no interior de Minas, numa cidade pequena, em uma família extremamente conservadora. O livro que está na lista da Fuvest é Alguma Poesia, publicado em 1930, o primeiro de Drummond. O livro se insere no segundo tempo modernista, tempo de moderação e de consagração dos poetas modernistas. Apresenta duas temáticas importantes: o "gauche", a idéia do esquerdo, daquele que não é direito à realidade, que está desencontrado, que está desconcertado - o eu e o mundo estão desconcertados; e a blague, a risada, a gargalhada - uma temática dos modernistas, de rir diante da realidade do mundo, de rir de si próprio diante do mundo. O poema que abre Alguma Poesia é o Poema de Sete Faces. São sete tons em sete estrofes. A primeira, muito famosa: Quando nasci, um anjo tortodesses que vivem na sombradisse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.Essa idéia de Carlos ser gauche na vida, seria a idéia de ser poeta? A idéia de ser lírico no mundo onde não há mais lirismo? E ele termina: Eu não devia te dizermas essa lua, mas esse conhaquebotam a gente comovido como o Diabo.Esse jeito mineiro de terminar o poema, de dar uma cambalhota, como ele mesmo diz, é a idéia de brincar com o poema, de brincar com si mesmo, com os seus próprios sonhos, brincar com o leitor! É a blague - uma grande temática da poesia modernista.
Vamos dar uma revisada em Camões?
Século XVI, apogeu da literatura, da cultura, do político e do social em Portugal. Época do Renascimento, que veio da Itália, do século XIV, e que chegou a Portugal no século XVI; publicação d'Os Lusíadas, a épica de Camões, e também da Lírica, que foi publicada postumamente, portanto não foi revisada pelo autor. A Lírica, os sonetos, é o que cai de Camões no vestibular. Três temáticas importantes: -o desconcerto do mundo, esse mundo que está errado; - o EU de Camões que não se adapta ao mundo, à mudança, ao mudar constante das estações, das pessoas, das situações diante do mundo, e esse EU que procura se adequar a essa grande mudança; - o maior dos temas e o mais trabalhado por Camões é o amor, procurando sempre, nos sonetos, atingir uma reflexão sublime sobre a idéia que ele está abordando. Importantíssima no amor de Camões é a reflexão que ele faz diante desse amor platônico, que é a moda da época do renascimento.
O amor platônico é ver a idéia do mundo representada no amor espiritual. O amor está somente na idéia. Mas ele transgride essa regra, ele vai além do amor platônico. Ele também vê que o amor é aristotélico, o amor não é só idéia, o amor é forma, o amor é concretização. Por isso ele atinge o maneirismo e vai conseguir, através da reflexão, ser paradoxal e ser muito grandioso.
Aí está o poema mais famoso dele: Amor é um fogo que arde sem se veré ferida que dói e não se senteé um contentamento descontenteé dor que desatina sem doer.Essa tentativa de classificação do amor mostra o EU paradoxal, e a visão do mundo através dessa forma e do desejo.
Vamos dar uma passada em Cruz e Souza, poeta simbolista?
João da Cruz e Souza nasceu em Santa Catarina, em 1861 e morreu em Minas Gerais em 1898; portanto, centenário da morte de Cruz e Souza este ano. Pai escravo, mãe alforriada! Teve uma vida marcada pelo preconceito racial. Trabalhou em jornal de orientação republicana e abolicionista.
Ele abre o simbolismo brasileiro em 1893, com a publicação de Broquéis e Missal.O simbolismo foi um movimento essencialmente poético, que não teve grande divulgação aqui no Brasil, e que trouxe para nós o subjetivismo romântico do poeta decadente, se contrapondo ao positivismo, ao cientificismo do realismo/naturalismo em voga até então. O simbolismo veio se contrapor à ciência poética do parnasianismo, à ciência de fazer poesia - à arte pela arte. Veio com as idéias de invocar etéreas musas, da brancura mística, da sinestesia do poeta francês Charles Baudelaire. Cruz e Souza tem uma característica: a fixação pelo branco. Os três elementos mais importantes de sua poesia são o individualismo, o transcendentalismo e a musicalidade. O poema mais importante de Cruz e Souza é Antífona, que traz a idéia do branco, as formas alvas, brancas! Nele, essa fixação pelo branco de Cruz e Souza fica bem evidente.
Vamos dar uma dica de romantismo para vocês.
O romantismo tem três gerações; desenvolveu-se na época das revoluções do século XVIII, dos ideais revolucionários, das grandes mudanças sociais, do liberalismo - que vai trazer para a literatura o grande sentimentalismo e a idéia de nacionalismo, manifestando-se sob a forma de poesia, romance, teatro e jornalismo. Três gerações, três poetas que nós vamos rever aqui.- Primeira geração: a exaltação do passado, do nacionalismo, na geração nativista ou indianista. É também a volta do amor trovadoresco, do amor espiritual e da exaltação do índio. O grande poeta da primeira geração é Gonçalves Dias. - Segunda geração: byroniana (do poeta inglês George Byron, 1788 - 1824); o mal do século é o tédio que leva à aspiração da morte, o desejo da morte como salvação. São idéias presentes na obra de Álvares de Azevedo. - Terceira geração: condoreirista, de crítica social baseada em Victor Hugo (escritor francês, 1802 - 1885) . O grande poeta é Castro Alves, que traz a idéia do abolicionismo, é o poeta dos escravos. O poema de Castro Alves exigido pela Fuvest é o Espumas Flutuantes, um livro que tem influências da segunda e da terceira geração. O poeta é influenciado por Álvares de Azevedo e por Fagundes Varela, e também por alguns poemas críticos da sociedade da época. Não são poemas do escravismo! Os poemas do escravismo estavam em outro livro, que Castro Alves não conseguiu publicar em vida! A diferença entre Castro Alves e Álvares de Azevedo?
Álvares de Azevedo busca a morte como salvação: Se eu morresse amanhãOh, que alívio seria.Para Castro Alves, morrer é a idéia do inevitável porque ele está doente, está morrendo, e infelizmente ele ainda quer viver.
Vamos dar uma dica sobre os livros da Fuvest.
São dez os livros exigidos. Livros interessantíssimos como Sonetos de Camões; Espumas Flutuantes, Castro Alves; O Primo Basílio, de Eça de Queirós; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis; Alguma Poesia, do Drummond; Fogo Morto, de José Lins do Rego; Contos Novos, do Mário de Andrade; Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto; Primeiras Estórias, de João Guimarães Rosa; e Os Melhores Contos, de Rubem Braga.
Os livros não são para serem lidos apenas como historinhas que você deve saber. Não cai só enredo no vestibular, mas também a interpretação crítica dos trechos e do texto. As perguntas também incidem sobre como o poeta escreveu e você tem que explicar o uso de certos termos gramaticais. Então a leitura não é só historinha, não! É a crítica, é não ser ingênuo perante a idéia do texto. Vamos lembrar aqui só João Cabral de Melo Neto, que pertence à geração de 45, o terceiro tempo modernista. É uma geração que vai aliviar o poema do sentimentalismo, classificada como "a geração com senso de medida". Morte e Vida Severina conta a história de um percurso feito por Severino, que sai da morte para alcançar a vida, mas essa vida é presidida pela morte. Aparece aí a coisificação injusta do homem, que João Cabral de Melo Neto está relatando para nós, leitores.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

*Há Coisas na Vida*


Há coisas que vêm para o mal, outras para o bem. Mas todas as coisas que chegam nos trazem aprendizado. Só que é muito difícil de entender no momento em que acontece. Como ver bem com olhos marejados de lágrimas? Como pensar direito com o coração cheio de dor ou com nosso físico sofrendo? Difícil... difícil abrir os olhos, se levantar, caminhar sem se entregar. Difícil sentir, perdoar, entregar os pontos, ouvir conselhos, dar razão, aceitar. Mas passados os instantes de angústia, passadas as horas que não se importam se paramos ou não, podemos abrir os olhos e ver. Podemos ver que tudo na vida tem significado, que de tudo podemos tirar aprendizado. Uma pessoa pode aprimorar-se acertando sempre, mas ela não aprende nada novo. Um amigo com o qual você contava muito te decepcionou? Ai!... isso dói demais! Mas, ainda assim, você aprendeu a conhecer a outra face dele e o relacionamento torna-se mais límpido. O seu amor te deixou, você perdeu o emprego? Provavelmente é hora de você reavaliar sua vida, suas prioridades, suas escolhas e escolher outro caminho. Se você perdeu um ente querido, apesar de todo o sofrimento que isso causa, você deve aprender a ter mais cuidado ainda com as centenas de outros que ainda estão fazendo parte da sua vida e olhá-los com olhar novo e amoroso. Tudo!!! Tudo na vida é aprendizado. Entre cardos e espinhos há ainda flores que nascem, há o sol que aquece e o vento que refresca. E há você, que talvez nem perceba, que é importante na vida de alguém. Se você chora, se você sofre, é que suas emoções estão bem vivas dentro de você. Aproveite, então, e faça delas seus degraus de subida. Não foi a morte de Cristo uma vitória? Aos olhos dos que O condenaram era uma derrota, mas se isso não tivesse acontecido nós não receberíamos o maravilhoso presente da salvação. Da semente que se entrega nasce a flor; da flor que se entrega, vem o fruto, que serve para nosso alimento. E nós? Nós estamos aqui aprendendo e ensinando uns aos outros que a vida é muito mais do que ser ou fazer feliz, mas é um aprendizado diário do qual ora somos mestres, ora servos. Não precisamos atravessar a vida sem dor, sem problemas. O que podemos fazer é aprender a lidar com eles e tirar o máximo do que podem nos ensinar. E vamos continuar caminhando... e se as flores não nascerem no nosso caminho, a gente planta, colhe e recomeça. Vida é luta? Sim... mas lutar é viver!

domingo, 9 de setembro de 2007

Pacto com a Felicidade


Pacto com a Felicidade

De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi: Eu hoje vou ser Feliz!

Vou lembrar de agradecer ao sol, pelo seu calor e luminosidade, Sentirei que estou vivendo, respirando. Posso desfrutar de todos os recursos da natureza gratuitamente.

Não preciso comprar o canto dos pássaros, nem o murmúrio das ondas do mar.

Lembrarei de sentir a beleza das árvores, das flores, e a suavidade da brisa da tarde.

Vou sorrir mais, sempre que puder. Vou cultivar mais amizades e neutralizar as inimizades.

Não vou julgar os atos dos meus semelhantes ou companheiros, vou aprimorar os meus. Lembrarei de ligar para alguém para dizer que estou com saudades!

Reservarei minutos de silêncio, para ter a oportunidade de ouvir.

Não vou lamentar nem amargar as injustiças, vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos. Terei sempre em mente que um minuto passado, não volta mais,

Vou viver todos os minutos proveitosamente, Não vou sofrer por antecipação prevendo futuros incertos, Nem com atraso, lembrando de coisas sobre as quais não tenho mais ação.

Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter, Mas em como posso ser feliz com o que possuo, E o maior bem que possuo é a própria vida. Vou lembrar de ler uma poesia e de ouvir uma canção, Vou dedicá-las a alguém. Vou fazer alguma coisa para alguém, sem esperar nada em troca, Apenas pelo prazer de ver alguém sorrir. Vou lembrar que existe alguém que me quer bem, Vou dedicar uns minutos de pensamento para os que já se foram Para que saibam que serão sempre uma doce lembrança, até que venhamos a nos encontrar outra vez.

Vou procurar dar um pouco de alegria para alguém,

Especialmente quando sentir que a tristeza e o desânimo querem se aproximar.

E quando a noite chegar, vou olhar para o céu, para as estrelas e para o luar e Agradecer aos Anjos e a Deus, porque

Hoje Eu fui Feliz!